Já faz mais de uma década que eu assisto animes. Os desenhos animados japoneses foram responsáveis por me mostrar as possibilidades de inserir complexidade e seriedade a essa forma de arte.
E afinal, o que tem surgido de novo?!
Na grande maioria das animações que chegam ao Brasil o que chama a atenção é a qualidade estética, os efeitos em CG e a presença de astros de Hollywood dublando os personagens. Personagens que há bastante tempo são “bichinhos fofinhos”, servindo como adereço a filmes visando um público infantil.
O resultado é uma grande quantidade de filmes dispensáveis, e algumas poucas exceções que realmente merecem ser vistas.
Mas por que, afinal, eu digo isso?
Simplesmente porque a crítica abaixo se refere a um longa-metragem de animação exemplar, capaz de elevar o cinema de animação a outro nível.
E afinal, o que tem surgido de novo?!
Na grande maioria das animações que chegam ao Brasil o que chama a atenção é a qualidade estética, os efeitos em CG e a presença de astros de Hollywood dublando os personagens. Personagens que há bastante tempo são “bichinhos fofinhos”, servindo como adereço a filmes visando um público infantil.
O resultado é uma grande quantidade de filmes dispensáveis, e algumas poucas exceções que realmente merecem ser vistas.
Mas por que, afinal, eu digo isso?
Simplesmente porque a crítica abaixo se refere a um longa-metragem de animação exemplar, capaz de elevar o cinema de animação a outro nível.
Hotaru no Haka
(Grave of the Fireflies/Túmulo dos Vagalumes)
Direção: Isao Takahata
Ano: 1988
No fim da 2ª Guerra Mundial, o caos, a fome e a perda ensinam duras lições a duas crianças que tentam sobreviver sozinhas quando a mãe de ambos é morta devido ao bombardeio aéreo.
Não muito diferente disso, já vimos vários filmes em live-action que objetivam emocionar mostrando os horrores da guerra, e que no entanto arrancam apenas bocejos dos espectadores.
Bom. Grave of the Fireflies é um caso raro em que a receita funciona. Isso principalmente por não apresentar a mensagem anti-guerra de maneira gratuita, e sim como uma conseqüência do que é mostrado ao longo da projeção.
Com uma narrativa cadenciada, personagens plausíveis, visual competente e nenhum interesse em cenas de ação, o enredo é capaz de criar um envolvimento surpreendente entre o público e os dois irmãos, em sua jornada repleta de esperança, apesar do inevitável fim trágico.
O diretor Isao Takahata não desperdiça cenas e prossegue quase sem desvios rumo a um desfecho tão simples quanto emocionante.
Uma das razões pelas quais eu gosto de cinema é a possibilidade de ser surpreendido por pequenas obras primas que surgem de tempos em tempos. Grave of the Fireflies é uma dessas memoráveis surpresas.
Especialmente chocante para quem pensa que na guerra não morrem pessoas, ou seja, para quem acredita que são apenas números nos livros de história.
A visita ao Túmulo dos Vagalumes deixa um melancólico sabor amargo, e questões que talvez nunca sejam respondidas.
Não muito diferente disso, já vimos vários filmes em live-action que objetivam emocionar mostrando os horrores da guerra, e que no entanto arrancam apenas bocejos dos espectadores.
Bom. Grave of the Fireflies é um caso raro em que a receita funciona. Isso principalmente por não apresentar a mensagem anti-guerra de maneira gratuita, e sim como uma conseqüência do que é mostrado ao longo da projeção.
Com uma narrativa cadenciada, personagens plausíveis, visual competente e nenhum interesse em cenas de ação, o enredo é capaz de criar um envolvimento surpreendente entre o público e os dois irmãos, em sua jornada repleta de esperança, apesar do inevitável fim trágico.
O diretor Isao Takahata não desperdiça cenas e prossegue quase sem desvios rumo a um desfecho tão simples quanto emocionante.
Uma das razões pelas quais eu gosto de cinema é a possibilidade de ser surpreendido por pequenas obras primas que surgem de tempos em tempos. Grave of the Fireflies é uma dessas memoráveis surpresas.
Especialmente chocante para quem pensa que na guerra não morrem pessoas, ou seja, para quem acredita que são apenas números nos livros de história.
A visita ao Túmulo dos Vagalumes deixa um melancólico sabor amargo, e questões que talvez nunca sejam respondidas.
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1 comentários:
Muito o comentário! E o filme é "de chorar no cantinho" literalmente!
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