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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

MINHA BIOGRAFIA

TRABALHO REALIZADO PARA A DISCIPLINA DE ARRANJO E DESCRIÇÃO, 2º SEMESTRE DE 2008

HISTÓRIA ADMINISTRATIVA / BIOGRAFIA

Nascido no dia 26 de fevereiro de 1884, num acampamento de imigrantes espanhóis, nas proximidades do hoje chamado Rio Quaraí, no RS, Marcel Ibaldo tornou-se célebre ao iniciar um movimento separatista, tendo como base de operações a região às margens do referido rio, e propondo a criação de um estado independente a ser chamado República Democrática do Marcel.
Após fundar a cidade de Quaraí (que significa em tupi-guarani “lugar onde o Marcel manda”) no dia 03 de agosto de 1902, implementou um governo visando a cultura e o progresso tecnológico, o que levou a cidade na divisa com o Uruguai a se tornar um dos grandes pólos industriais do início do século XX. Com isso as ambições do governante assumiram proporções ainda maiores.
Nos anos seguintes, Marcel Ibaldo anexou à força cidades vizinhas como Santana do Livramento, Uruguaiana, Rosário do Sul, Bagé, Artigas e Rivera no Uruguai, Libres na Argentina, entre outras. O avanço só não foi maior devido à uma aliança forjada entre Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai, e até mesmo os Estados Unidos, que viam seus domínios ameaçados diante de tal ofensiva. Sendo assim, a duras penas foi possível impedir que novos territórios fossem invadidos, porém a guerra foi declarada no dia 06 de maio de 1915.
O conflito, que já se estendia há mais de uma década, havia provocado severas perdas humanas e econômicas a ambos os lados. Nos EUA, o crash da bolsa de Nova Iorque em 1929 foi a conseqüência mais drástica.
Nesse ínterim, uma aliança desesperada com nações européias foi finalmente capaz de rechaçar as tropas de Ibaldo, que foi exilado em 1931 para o Japão.
Desde então, o ex-governante sul-americano dedicou-se à arte até o fim de seus dias, atuando como desenhista de mangás (histórias em quadrinhos japonesas) e roqueiro profissional de renome.
Faleceu aos 87 anos de idade, de falência múltipla dos órgãos, em sua casa de praia situada em Yokohama , Japão, mas será sempre lembrado como uma das personalidades mais marcantes de todos os tempos.
Em Quaraí, foram batizados com seu nome uma escola, uma universidade, uma biblioteca, um arquivo, um museu, uma praça, uma ponte, uma avenida, um açougue e dois bolichos.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

DOIS CDs PRA CURTIR ESSA SEMANA:


ÁLBUM: Pride of the Wicked



BANDA: War of Ages



ANO DE LANÇAMENTO: 2006


Metalcore de primeiríssima qualidade. Surpreendente, rápido e com letras inteligentes. Extremamente NÃO-recomendado pra quem não curte um som pesado. Já os demais, divirtam-se.







ÁLBUM: The Heat


BANDA: needtobreathe


ANO DE LANÇAMENTO: 2007


Um som bem-feito, com ótimas letras, e um ar de southern rock fazem dessa banda uma das mais legais do cenário pop/rock, atualmente. Esse é o segundo cd do needtobreathe, e é muito superior ao primeiro. É um tipo de música que faz bem pra alma.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

QUADRINHOS E CINEMA

Quem diria?
Houve um tempo em que filmes inspirados em histórias em quadrinhos eram um negócio arriscado ou quase impossível. Poucas produções eram lançadas, e menos ainda faziam sucesso. Alguns desses êxitos são ainda hoje freqüentes nas listas de “Melhores adaptações de HQs para o cinema”, dentre eles: “O Corvo”, “Superman – O Filme”, “Conan, O Bárbaro”, “Batman – O Filme”, e meia-dúzia de outros que surgiram sem tanta pretensão e terminaram marcando gerações inteiras.
Bom, isso foi antes de 3 filmes: “Blade”, “X-Men – O Filme”, e “Homem-Aranha”.


Mas por que dentre tantas versões dos quadrinhos em celulóide eu escolhi essas? Isso se deve precisamente ao significado que cada uma delas teve para a revolução que estava prestes a começar, e que permitiu que hoje tenhamos pelo menos uns 6 ou 7 longa-metragens de HQs, em cartaz todo ano.
É tão simples quanto óbvio: Blade é a adaptação de um personagem quase desconhecido da Marvel Comics que conseguiu faturar surpreedentemente bem nas bilheterias e fez Hollywood lembrar que nas páginas desenhadas ainda haviam universos inteiros inexplorados na tela grande.
Porém, os heróis fantasiados poderiam parecer um tanto inverossímeis para o público em geral. Foi aí que surgiu “X-Men – O Filme”, com uma combinação de fidelidade às histórias da equipe de mutantes, e uma abordagem mais realista, com cara de ficção científica.
Agora sim, existia o interesse da indústria cinematográfica e uma fórmula funcional para agradar os fãs e os demais espectadores. No entanto, ainda faltava um blockbuster, um verdadeiro arrasa-quarteirões, e o personagem escolhido para isso foi justamente o que eu considerava mais difícil de ser transformado em live-action.
O “Homem-Aranha”, do diretor Sam Raimi, arrecadou mais de 800 milhões de dólares e se tornou uma das maiores bilheterias da história, bateu recordes e superou até as expectativas mais otimistas.

E assim, a sétima arte viu as portas abertas para o mundo incrível que já habitava as páginas das revistas, para a alegria dos aficcionados por cinema, histórias em quadrinhos, e dos produtores cinematográficos, aficcionados por dólares.

“Hellboy”, “Fonte da Vida”, “Hulk”, “Sin City”, “Batman – O Cavaleiro das Trevas”, “Homem-de-Ferro”, “300”, “Estrada para a Perdição”, “V de Vingança”, “Wood & Stock”, “Do Inferno”, “Stardust”, “Marcas da Violência”,...
Atualmente esses e muitos outros filmes de HQs atraem milhões de pessoas às salas de cinema, trazendo as mesmas histórias das publicações que crescemos ouvindo se tratarem apenas de revistinhas para crianças.

É irônico, mas pelo menos a espera valeu a pena.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

REVELATION - REVIEW

Isso era só questão de tempo.
Esse review era algo urgente antes mesmo do CD ter sido finalizado.
Trata-se de uma das bandas mais importantes do cenário musical atual, e cuja carreira foi coroada recentemente com uma matéria de capa na revista Billboard.




Disco: REVELATION


Artista: Third Day


Ano: 2008



O disco em questão estava sendo tão comentado durante a fase de produção que até gerava receio de um desapontamento após o seu lançamento. A isso se somava a recente mudança no som da banda, que no início da carreira fazia um southern rock com pitadas de grunge, e com o passar do tempo foi inserindo levadas pop em algumas músicas. A qualidade não diminuiu com isso, mas a fanbase já não sabia o que esperar dos roqueiros de Atlanta. A desconfiança aumentou com a notícia de que o guitarrista Brad Avery deixou a banda em fevereiro desse ano.


Mas afinal, pra que tanta preocupação?
Não estamos falando de qualquer banda adolescente inexperiente.
É Third Day!


Depois de nove discos de estúdio, uma gravação ao vivo, uma coletânea dupla, três DVDs, e três prêmios Grammy, os dezessete anos de estrada surgem na forma de maturidade musical e não de desgaste.
O cuidado com que cada faixa foi trabalhada é evidente.
As letras refletem o significado do título “Revelation” que, ao contrário do que eu imaginei a princípio, não se refere ao apocalipse e sim à procura de uma resposta, uma verdade, uma revelação.
O instrumental não pode ser facilmente comparado ao de outras bandas. Mark Lee, Tai Anderson e David Carr constroem uma obra coesa e acessível mesmo quando trilham vertentes sonoras até então pouco exploradas por eles.
O álbum reflete ainda a adoção de uma sonoridade mais country, lembrando por vezes o ótimo disco “Time”.
A primeira faixa (Who I Am) traz um rock'n roll direto, semelhante ao que ocorre nos discos “Wire, “Wherever You Are”, e “Come Together". Isso soa familiar aos fãs e é importante por reafirmar uma característica essencial. Faixas como “Otherside” e “Slow Down” têm objetivo parecido, além de funcionarem como excelentes rocksongs.
Só que até aí não há nada de novo.
Entretanto, é nas mais lentas que o Third Day de agora se diferencia dos demais álbuns.
Uma das notícias mais comentadas acerca das gravações foi a participação da vocalista do Flyleaf, Lacey Mosley. A voz do Mac Powell já é das mais marcantes, no entanto, nas duas músicas em que a moça empresta sua belíssima voz é digna de destaque, sendo que em “Born Again” a presença dele é que se torna acessório.
Enfim, com uma confluência de instrumental impecável, letras inspiradas, interpretação acima da média, e produção minuciosa, fica claro que as expectativas não estavam tão distantes da realidade do que pode ser ouvido ao longo das treze faixas do álbum.
Não vai revolucionar a indústria musical, porém serão os melhores 43 minutos para quem busca entretenimento inteligente e diferenciado.

“Revelation” é com certeza um dos melhores discos do ano.




sexta-feira, 12 de setembro de 2008

BATMAN BEGINS

Dia 29/08/08, encerrando o primeiro ciclo de cinema do Cineclube Quadrinhos S.A., rolou o “Batman Begins”, até pra servir como preparação pro “Dark Knight” que está em cartaz no cinema.

Na falta do que fazer decidi escrever um review do filme.

Curiosamente, só concluí essa crítica minutos antes de assistir “Dark Knight”. A preguiça insistia que eu fizesse isso depois, porém o bom senso me convenceu que tal escolha poderia influenciar minha opinião sobre “Batman Begins” negativamente.





Batman Begins
Direção: Christopher Nolan
Ano: 2005












Sobre esse filme (“Begins”), vale lembrar que se trata de uma tentativa de revitalizar a franquia do homem-morcego após o vexatório trabalho realizado por Joel Schumacher nos lamentáveis “Batman Eternamente” e “Batman & Robin”.
A solução encontrada foi convocar um diretor semi-desconhecido chamado Christopher Nolan, responsável por um dos melhores filmes da última década: Amnésia (Memento).Optando por Nolan, obviamente a abordagem dada ao herói da DC Comics seria diferente das anteriores.
O resultado da empreitada? Êxito. E a principal causa disso é o realismo que o diretor fez questão de inserir no roteiro. 

É verdade que o filme não leva isso ao pé-da-letra, porém é o suficiente para na primeira hora de metragem trazer de volta Bruce Wayne, o cara por trás da máscara, e que havia sido relegado ao segundo plano em nome da ação e pancadaria ridículas do terceiro e quarto filmes do morcego.
E felizmente, o realismo não é o único trunfo do filme. 
Estão presentes ainda um espetacular elenco (Christian Bale, Michael Cane, Gary Oldman, Morgan Freeman, Rutger Hauer, Liam Neeson, Ken Watanabe...), uma fotografia caprichada, e a inspiração em uma das melhores HQs do Batman: o “Ano Um “ do personagem.

No entanto, os defeitos são tão visíveis quanto as qualidades. 
Desde a falta de prática do diretor com os efeitos CG, até às piadas fáceis que raras vezes surgem o efeito esperado. E isso sem falar na divertida, mas desnecessária seqüência do Tumbler, o novo batmóvel, que parece estar lá por apenas três motivos:
- satisfazer o anseio dos produtores por pirotecnia cinematográfica;
- vender miniaturas do carro para os fãs; e
- mostrar que todo o treinamento de Wayne não se compara à sabedoria do mordomo Alfred, capaz de com poucas frases nos lembrar que o Batman ainda é um herói aprendiz, no início de sua jornada.
Somando-se a esses fatores, o empobrecimento do roteiro é agravado pelo uso excessivo de clichês hollywoodianos, especialmente no caso de um filme que almeja ser realista.
Batman Begins, pesando prós e contras, ainda consegue facilmente ser uma das boas adaptações dos quadrinhos para o cinema. Lembrando, é claro, que se trata de um filme de origem, naturalmente mais complicado, e que representa acima de tudo um primeiro passo, para o que pode vir a se tornar a melhor trilogia dos quadrinhos nas telas.


Aguardemos.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

"somos escravos do que construímos
somos lembranças do que não passou.
Somos o som de palavras perdidas,
fomos um pouco do que não restou."

07/09/08

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

HOTARU NO HAKA (1988)

Já faz mais de uma década que eu assisto animes. Os desenhos animados japoneses foram responsáveis por me mostrar as possibilidades de inserir complexidade e seriedade a essa forma de arte.
E afinal, o que tem surgido de novo?!
Na grande maioria das animações que chegam ao Brasil o que chama a atenção é a qualidade estética, os efeitos em CG e a presença de astros de Hollywood dublando os personagens. Personagens que há bastante tempo são “bichinhos fofinhos”, servindo como adereço a filmes visando um público infantil.
O resultado é uma grande quantidade de filmes dispensáveis, e algumas poucas exceções que realmente merecem ser vistas.
Mas por que, afinal, eu digo isso?
Simplesmente porque a crítica abaixo se refere a um longa-metragem de animação exemplar, capaz de elevar o cinema de
animação a outro nível.


Hotaru no Haka
(Grave of the Fireflies/Túmulo dos Vagalumes)
Direção: Isao Takahata
Ano: 1988








No fim da 2ª Guerra Mundial, o caos, a fome e a perda ensinam duras lições a duas crianças que tentam sobreviver sozinhas quando a mãe de ambos é morta devido ao bombardeio aéreo.
Não muito diferente disso, já vimos vários filmes em live-action que objetivam emocionar mostrando os horrores da guerra, e que no entanto arrancam apenas bocejos dos espectadores.


Bom. Grave of the Fireflies é um caso raro em que a receita funciona. Isso principalmente por não apresentar a mensagem anti-guerra de maneira gratuita, e sim como uma conseqüência do que é mostrado ao longo da projeção.
Com uma narrativa cadenciada, personagens plausíveis, visual competente e nenhum interesse em cenas de ação, o enredo é capaz de criar um envolvimento surpreendente entre o público e os dois irmãos, em sua jornada repleta de esperança, apesar do inevitável fim trágico.
O diretor Isao Takahata não desperdiça cenas e prossegue quase sem desvios rumo a um desfecho tão simples quanto emocionante.
Uma das razões pelas quais eu gosto de cinema é a possibilidade de ser surpreendido por pequenas obras primas que surgem de tempos em tempos. Grave of the Fireflies é uma dessas memoráveis surpresas.
Especialmente chocante para quem pensa que na guerra não morrem pessoas, ou seja, para quem acredita que são apenas números nos livros de história.
A visita ao Túmulo dos Vagalumes deixa um melancólico sabor amargo, e questões que talvez nunca sejam respondidas.


Quanto vale:



quinta-feira, 7 de agosto de 2008

CINECLUBE QUADRINHOS S.A.

De início, um merchandising:

Estão todos convidados para o Cineclube Quadrinhos S.A.!

O ciclo começou semana passada com o filme "Wood & Stock".
E nessa sexta-feira, às 19:00hs, na Casa de Cultura, vai rolar o 2º filme do ciclo "Estrada para a Perdição".
Entonces, estão todos (?) convidados.

Em breve (talvez) eu escreva uma crítica do filme.
Até.