Dia 29/08/08, encerrando o primeiro ciclo de cinema do Cineclube Quadrinhos S.A., rolou o “Batman Begins”, até pra servir como preparação pro “Dark Knight” que está em cartaz no cinema.
Na falta do que fazer decidi escrever um review do filme. Batman Begins
Direção: Christopher Nolan
Ano: 2005
Sobre esse filme (“Begins”), vale lembrar que se trata de uma tentativa de revitalizar a franquia do homem-morcego após o vexatório trabalho realizado por Joel Schumacher nos lamentáveis “Batman Eternamente” e “Batman & Robin”.
A solução encontrada foi convocar um diretor semi-desconhecido chamado Christopher Nolan, responsável por um dos melhores filmes da última década: Amnésia (Memento).Optando por Nolan, obviamente a abordagem dada ao herói da DC Comics seria diferente das anteriores.
O resultado da empreitada? Êxito. E a principal causa disso é o realismo que o diretor fez questão de inserir no roteiro.
É verdade que o filme não leva isso ao pé-da-letra, porém é o suficiente para na primeira hora de metragem trazer de volta Bruce Wayne, o cara por trás da máscara, e que havia sido relegado ao segundo plano em nome da ação e pancadaria ridículas do terceiro e quarto filmes do morcego.
E felizmente, o realismo não é o único trunfo do filme.
Estão presentes ainda um espetacular elenco (Christian Bale, Michael Cane, Gary Oldman, Morgan Freeman, Rutger Hauer, Liam Neeson, Ken Watanabe...), uma fotografia caprichada, e a inspiração em uma das melhores HQs do Batman: o “Ano Um “ do personagem.
No entanto, os defeitos são tão visíveis quanto as qualidades.
Desde a falta de prática do diretor com os efeitos CG, até às piadas fáceis que raras vezes surgem o efeito esperado. E isso sem falar na divertida, mas desnecessária seqüência do Tumbler, o novo batmóvel, que parece estar lá por apenas três motivos:
- satisfazer o anseio dos produtores por pirotecnia cinematográfica;
- vender miniaturas do carro para os fãs; e
- mostrar que todo o treinamento de Wayne não se compara à sabedoria do mordomo Alfred, capaz de com poucas frases nos lembrar que o Batman ainda é um herói aprendiz, no início de sua jornada.
Somando-se a esses fatores, o empobrecimento do roteiro é agravado pelo uso excessivo de clichês hollywoodianos, especialmente no caso de um filme que almeja ser realista.
Batman Begins, pesando prós e contras, ainda consegue facilmente ser uma das boas adaptações dos quadrinhos para o cinema. Lembrando, é claro, que se trata de um filme de origem, naturalmente mais complicado, e que representa acima de tudo um primeiro passo, para o que pode vir a se tornar a melhor trilogia dos quadrinhos nas telas.
Batman Begins, pesando prós e contras, ainda consegue facilmente ser uma das boas adaptações dos quadrinhos para o cinema. Lembrando, é claro, que se trata de um filme de origem, naturalmente mais complicado, e que representa acima de tudo um primeiro passo, para o que pode vir a se tornar a melhor trilogia dos quadrinhos nas telas.
Aguardemos.
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