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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

BATMAN BEGINS

Dia 29/08/08, encerrando o primeiro ciclo de cinema do Cineclube Quadrinhos S.A., rolou o “Batman Begins”, até pra servir como preparação pro “Dark Knight” que está em cartaz no cinema.

Na falta do que fazer decidi escrever um review do filme.

Curiosamente, só concluí essa crítica minutos antes de assistir “Dark Knight”. A preguiça insistia que eu fizesse isso depois, porém o bom senso me convenceu que tal escolha poderia influenciar minha opinião sobre “Batman Begins” negativamente.





Batman Begins
Direção: Christopher Nolan
Ano: 2005












Sobre esse filme (“Begins”), vale lembrar que se trata de uma tentativa de revitalizar a franquia do homem-morcego após o vexatório trabalho realizado por Joel Schumacher nos lamentáveis “Batman Eternamente” e “Batman & Robin”.
A solução encontrada foi convocar um diretor semi-desconhecido chamado Christopher Nolan, responsável por um dos melhores filmes da última década: Amnésia (Memento).Optando por Nolan, obviamente a abordagem dada ao herói da DC Comics seria diferente das anteriores.
O resultado da empreitada? Êxito. E a principal causa disso é o realismo que o diretor fez questão de inserir no roteiro. 

É verdade que o filme não leva isso ao pé-da-letra, porém é o suficiente para na primeira hora de metragem trazer de volta Bruce Wayne, o cara por trás da máscara, e que havia sido relegado ao segundo plano em nome da ação e pancadaria ridículas do terceiro e quarto filmes do morcego.
E felizmente, o realismo não é o único trunfo do filme. 
Estão presentes ainda um espetacular elenco (Christian Bale, Michael Cane, Gary Oldman, Morgan Freeman, Rutger Hauer, Liam Neeson, Ken Watanabe...), uma fotografia caprichada, e a inspiração em uma das melhores HQs do Batman: o “Ano Um “ do personagem.

No entanto, os defeitos são tão visíveis quanto as qualidades. 
Desde a falta de prática do diretor com os efeitos CG, até às piadas fáceis que raras vezes surgem o efeito esperado. E isso sem falar na divertida, mas desnecessária seqüência do Tumbler, o novo batmóvel, que parece estar lá por apenas três motivos:
- satisfazer o anseio dos produtores por pirotecnia cinematográfica;
- vender miniaturas do carro para os fãs; e
- mostrar que todo o treinamento de Wayne não se compara à sabedoria do mordomo Alfred, capaz de com poucas frases nos lembrar que o Batman ainda é um herói aprendiz, no início de sua jornada.
Somando-se a esses fatores, o empobrecimento do roteiro é agravado pelo uso excessivo de clichês hollywoodianos, especialmente no caso de um filme que almeja ser realista.
Batman Begins, pesando prós e contras, ainda consegue facilmente ser uma das boas adaptações dos quadrinhos para o cinema. Lembrando, é claro, que se trata de um filme de origem, naturalmente mais complicado, e que representa acima de tudo um primeiro passo, para o que pode vir a se tornar a melhor trilogia dos quadrinhos nas telas.


Aguardemos.

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