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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

QUADRINHOS E CINEMA

Quem diria?
Houve um tempo em que filmes inspirados em histórias em quadrinhos eram um negócio arriscado ou quase impossível. Poucas produções eram lançadas, e menos ainda faziam sucesso. Alguns desses êxitos são ainda hoje freqüentes nas listas de “Melhores adaptações de HQs para o cinema”, dentre eles: “O Corvo”, “Superman – O Filme”, “Conan, O Bárbaro”, “Batman – O Filme”, e meia-dúzia de outros que surgiram sem tanta pretensão e terminaram marcando gerações inteiras.
Bom, isso foi antes de 3 filmes: “Blade”, “X-Men – O Filme”, e “Homem-Aranha”.


Mas por que dentre tantas versões dos quadrinhos em celulóide eu escolhi essas? Isso se deve precisamente ao significado que cada uma delas teve para a revolução que estava prestes a começar, e que permitiu que hoje tenhamos pelo menos uns 6 ou 7 longa-metragens de HQs, em cartaz todo ano.
É tão simples quanto óbvio: Blade é a adaptação de um personagem quase desconhecido da Marvel Comics que conseguiu faturar surpreedentemente bem nas bilheterias e fez Hollywood lembrar que nas páginas desenhadas ainda haviam universos inteiros inexplorados na tela grande.
Porém, os heróis fantasiados poderiam parecer um tanto inverossímeis para o público em geral. Foi aí que surgiu “X-Men – O Filme”, com uma combinação de fidelidade às histórias da equipe de mutantes, e uma abordagem mais realista, com cara de ficção científica.
Agora sim, existia o interesse da indústria cinematográfica e uma fórmula funcional para agradar os fãs e os demais espectadores. No entanto, ainda faltava um blockbuster, um verdadeiro arrasa-quarteirões, e o personagem escolhido para isso foi justamente o que eu considerava mais difícil de ser transformado em live-action.
O “Homem-Aranha”, do diretor Sam Raimi, arrecadou mais de 800 milhões de dólares e se tornou uma das maiores bilheterias da história, bateu recordes e superou até as expectativas mais otimistas.

E assim, a sétima arte viu as portas abertas para o mundo incrível que já habitava as páginas das revistas, para a alegria dos aficcionados por cinema, histórias em quadrinhos, e dos produtores cinematográficos, aficcionados por dólares.

“Hellboy”, “Fonte da Vida”, “Hulk”, “Sin City”, “Batman – O Cavaleiro das Trevas”, “Homem-de-Ferro”, “300”, “Estrada para a Perdição”, “V de Vingança”, “Wood & Stock”, “Do Inferno”, “Stardust”, “Marcas da Violência”,...
Atualmente esses e muitos outros filmes de HQs atraem milhões de pessoas às salas de cinema, trazendo as mesmas histórias das publicações que crescemos ouvindo se tratarem apenas de revistinhas para crianças.

É irônico, mas pelo menos a espera valeu a pena.

1 comentários:

Alexander disse...

Muito interessante o teu ponto de vista. Porém, como nada é perfeito nesse mundo, só faltou um dos filmes que arrebentaram: O Quarteto Fantástico.
Parabéns pelo texto.