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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

TOP 10 - Melhores HQs que li em 2009


2009 chegando ao fim, e considerando que eu não vou ter tempo de ler mais nada que não vá constar na fundamentação teórica do meu TCC até o ano que vem, decidi enfim concluir essa lista.
Lembrando que não são apenas HQs que tenham sido lançadas esse ano, sendo algumas relativamente antigas, mas que só li recentemente.
Elas estão mais ou menos em ordem de preferência e qualidade, mas isso também muda sempre que eu releio essa edições.
Considerem que as melhores são as primeiras três, e depois já fica incerto.


Desvendando os Quadrinhos - Poucas vezes a arte sequencial foi descrita de maneira tão brilhante.
Scott McCloud cria nas páginas de sua obra um passeio incrível apresentando a arte dos quadrinhos como um universo infinito e repleto de possibilidades.
Em uma palavra: genial.






Akira - Após muito tempo, enfim encontrei a versão original em preto e branco dessa clássica série. Com uma atenção extrema aos detalhes, inúmeras referências político-sociais, e com tanta ação e destruição que fariam Michael Bay se arrepender de um dia ter dito ser diretor de cinema, Akira é uma das melhores histórias em quadrinhos de todos os tempos.





Calvin e Haroldo - Pra falar a 
verdade, eu li vários livros do Calvin esse ano, mas preferi não mencionar cada um senão isso teria que se tornar um Top 15.
O modo como o personagem vê o mundo é fascinante, e consegue por meio de uma simplicidade única transformar os fatos do cotidiano em incidentes épicos, limitados apenas pela ilimitada imaginação do garoto.
É tão legal que espero que nunca façam virar filme.



Sanctuary nº2 - Com a suspensão das publicações da Conrad Editora, ficou difícil encontrar as edições desse mangá. Mas felizmente não impossível.
A segunda edição retoma a instigante trama sobre política e máfia, que conduz seus marcantes personagens em um enredo imprevisível, que aliado à magistral arte de Ryoichi Ikegami é um retrato perturbador dos bastidores da corrupção, de uma maneira bem diferente do que é mostrado no Jornal Nacional.  




Slam Dunk - Me refiro aqui às 5 últimas edições da série que eu adquiri em 2009, e que representam um dos desfechos mais eletrizantes de que eu tenho conhecimento em um HQ.
Além da narrativa ágil, conta com a arte do premiado autor de "Vagabond".
Mesmo que não fosse tão legal, valeria a pena por representar uma alternativa ao cada vez mais repetitivo gênero dos comics de super-heróis.




O Curioso Caso de Benjamin Button - Com arte e narrativa que se assemelham àquelas adaptações literárias pros quadrinhos que lemos na adolescência, a versão do conto de Fitzgerald traz um enredo menos voltado ao drama do que no filme de David Fincher.
A escolha a princípio parece equivocada, mas aos poucos percebe-se que é simplesmente uma diferença de abordagem, e que apesar das diferenças, tanto filme, quanto HQ funcionam perfeitamente ao contar a triste história do cara que nasce velho e  vai rejuvenescendo enquanto todos ao seu redor envelhecem.
Apesar de bem-humorado, é igualmente fascinante.




Beck - Até pelo costume de só ler histórias maniqueístas com vilões e heróis, fica difícil acreditar que um história sem esses elementos vá ser legal.
A trama acompanha a formação e busca pelo sucesso de uma banda de rock.
Com cenas de shows detalhadíssimas e uma construção de personalidade do elenco bem estruturada, além de muitas referências ao cenário da música independente, prova que é possível fazer uma boa história sobre música, sem som.
Pra entender, só lendo.

Loki - Essa eu li só porque tem poucas edições, mas é simplesmente obrigatória pra quem curte HQs.
É uma das poucas exceções ao que eu costumo dizer sobre a mediocridade dos roteiros nos comics. 
Arte caprichadíssima de Esad Ribic, e enredo repleto de fidelidade à mitologia nórdica, além de uma perspectiva fascinante e inesperada a respeito do arqui-rival de Thor.
É o tipo de trabalho que falta no mercado quadrinhístico super-heróico atual americano.


Gantz - Uma das coisas mais interessantes na produção de obras orientais está na facilidade de misturar gêneros e temas inusitados nos roteiros.  
Gantz é mais um desses bons exemplos.

A trama é uma ficção científica que transita entre o terror e a ação pirotécnica hollywoodiana sem perder a coerência, apresentando uma arte revolucionária que é uma espécie de rotoscopia quadrinhística, além de uma boa dose de polêmica devido a algumas similaridades aos recorrentes massacres perpretados por estudantes  em escolas americanas,  amplamente noticiados no mundo todo, sendo que a HQ tem um dos protagonistas mais canalhas que eu já vi nos quadrinhos.
Uma das melhores alternativas nas bancas hoje em dia.

1985 - Quando essa série foi anunciada eu realmente achei que seria legal, afinal é mais uma do Midas da Marvel Comics, Mark Millar, autor de "Guerra Civil", "O velho Logan", entre outros.
Mas a HQ surpreende por retratar um outro tipo de personagem, mais humano e próximo da realidade dos leitores das publicações da Casa das Idéias.
É impossível não reconhecer semelhanças entre o garoto que vai à banca em busca da edição clássica pra completar sua coleção e algum amigo colecionador. Millar parece falar na condição de fã, alguém que leu essas histórias e viu nelas um reino de possibilidades, do qual ele hoje faz parte.
História de super-heróis? É. Mas essa HQ também vai muito além disso.




2 comentários:

Anônimo disse...

Tua lista está muito boa, anotei todos os títulos para ler em uma outra oportunidade.
Vou procurar o Akira, acho essa história fascinante.
Achei interessante a revista Beck, gostei da abordagem dela que tu fez.

O Watchmen eu reli depois de assistir ao filme.

Guilherme Hollweg disse...

Curti.
To devendo 1985, Slam Dunk e Akira.
Gantz mais futuramente. heehehe
Belo post. Curti!