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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Cineclube SHIN ANIME DREAMERS 2011


De volta em 2011, o braço cinematográfico do Shin Anime Dreamers apresenta  o prosseguimento da  programação do grupo para 2011, iniciada em abril.

O ciclo inicia nesta segunda-feira, dia 1º, com o filme “Final Fantasy VII: Advent Children” (2004), dirigido por Tetsuya Nomura
O início deste ciclo de filmes de anime também será marcado por exposição de bonecos e, ao final da sessão haverá sorteio de brinde cedido pelo grupo S.A.D..
Abaixo a continuação da programação do Ciclo "Visões do Futuro":


08/08 – Evangelion 1.11: You Are (Not) Alone (2010) Direção: Hideaki Anno
Debatedor: Vinícius Serafim, integrante do S.A.D.

15/08 – O Castelo Animado (2004) Direção: Hyao Miyazaki
Debatedor: Ricardo Aguiar, integrante do S.A.D.

22/08 – Evangelion 2.22: You Can (Not) Advance (2011) Direção: Hideaki Anno
Debatedor: Lúcio Lima, integrante do S.A.D.

29/08 – Metropolis (2011) Direção: Rintaro
Debatedor: Marcel Ibaldo, integrante do Quadrinhos S.A.

As sessões e os debates acontecem no Auditório da CESMA, todas as segundas-feiras, sempre às 19h.
A entrada é franca!

CESMA - Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria Ltda.
Rua Professor Braga, 55
Assessoria de Comunicação CESMA
CESMA / Cineclube Lanterninha Aurélio / Cesma Vídeo/ Cesma Café
55 3222-8544 - Ramal 220
http://www.cesma.com.br

Até. 


terça-feira, 26 de julho de 2011

TOP 10 - Filmes de 2010 que não valeram o ingresso


Nessas horas que eu percebo estar assistindo filmes demais.
Quando noto que consegui até mesmo ver alguns dos mais aguardados fracassos cinematográficos da última temporada.
No fim das contas, o blog torna necessário ter uma visão ampla de tudo o que parece bom e do que parece ser parte da fiasqueira rotineira vinda de Hollywood.
Além do que, às vezes é legal conferir algo destinado a entretenimento rasteiro e nada demais. Os selecionados dessa vez então foram os que não conseguiram ser capazes de nem ao menos ser divertidos.
E com isso tive que fazer uma exceção e aumentar a lista, originalmente um Top 5 em 2009 e 2010 para um Top 10 em 2011.
O resultado? Ao menos tenho a lista para a sessão tão aguardada aqui no blog.
E a Framboesa de Ouro deveria ir para...



10 Alice no País das Maravilhas – O que teria acontecido com Tim Burton? De diretor reverenciado capaz de tornar qualquer filme seu um Cult, ele decide se render à máquina de Hollywood e realiza um mero caçador de dólares nas bilheterias, cuja única grande qualidade é o que todo diretor mequetrefe consegue se tiver um estúdio disposto a investir dinheiro em efeitos especiais. Visual bonito e só. A maior bilheteria de sua carreira? É fácil: é só somar o público que iria ao cinema de qualquer jeito pra ver o novo de Tim Burton (muitos propensos a gostarem do filme simplesmente por isso), aos tantos que consideravam os filmes dele pesados e inteligentes demais e apenas deram uma chance a esse pois parecia família e simples em excesso (o que ele realmente é). O que era pra ser o seu grande triunfo acabou sendo um exemplar da filmografia do cara que apesar de possui alguma ou outra qualidade, se espera não seja a nova característica do diretor em seus futuros trabalhos.



09 Mercenários - Até entende-se que Stalone queria uma homenagem aos filmes que fizeram o sucesso do elenco desse seu projeto, e que ele optou pela estupidez encarando-a como recurso que teria na ação desenfreada uma linguagem e estética alicerçadas principalmente no saudosismo que despertaria no público. É uma forma válida de juntar dinheiro pra pagar as contas, afinal. Ainda assim, ser roteirista e diretor implica em fazer seu trabalho com o mínimo de interesse. Parece que pra ele foi o bastante o fato de ter reunido o elenco, e não importa de que jeito fosse filmado a plateia iria gostar. E cada vez mais parece que o bom filme Rocky Balboa (2006) foi apenas um positivo acidente de percurso.



08 O Aprendiz de Feiticeiro – É um daqueles filmecos sem cabimento, providenciado por estúdio sem mais o que fazer a não ser queimar dinheiro com sonhos de grandeza de criar a nova franquia Harry Potter, Crepúsculo, ou o que seja, e que se escora na desculpa: "é filme pra família, então qualquer babaquice funciona pro público". De quebra, ainda colabora pra difamar ainda mais a carreira de Nicolas Cage, que parece não ter mais paciência pra analisar os roteiros que recebe, aceitando qualquer um só pra não admitir que ficou com preguiça de ler.



07 Percy Jackson, e o Ladrão de Raios – Muito potencial, pouco resultado. E o mesmo equívoco cometido em “O Aprendiz de Feiticeiro” se repete. Poderia até ser um empate técnico, mas os efeitos especiais em “O Aprendiz de Feiticeiro” são melhores. Nada demais, da mesma maneira que toda a metragem de “Percy Jackson”. Uma historinha qualquer planejada por alguém que se achou esperto demais, e disse: “basta analisar as tendências do mercado cinematográfico, reunindo um pouco de mitologia, efeitos especiais, astros adolescentes, participação de atores renomados, etc”.  Mas a bilheteria e as críticas comprovaram que cinema não é nenhuma ciência exata e que o diretor Chris Columbus já teve momentos bem melhores na carreira de diretor.


06 Resident Evil: O Recomeço – Com absoluta sinceridade, ninguém imaginou que pudesse ser sequer mais ou menos. Mas minha tolerância a filmes ruins beira o absurdo, e então conferi até mesmo com esperança de que esse filme talvez virasse o jogo para a franquia. Que os efeitos são muito bem feitos é evidente. Não que isso salve “Resident Evil: O Recomeço” ou a maioria dos presentes nessa lista. Quem pudera invés de “O Recomeço” fosse “O Fim”, pra retornar com outro elenco e outra proposta cinematográfica, o que parece cada vez mais distante.           


05 Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo – Alguém enganou Jake Gylenhall: “É isso mesmo, cara! É sucesso garantido e tu vai ser que nem o Johnnie Depp de pirata, daí sempre que o dinheiro estiver acabando tu vai lá e faz mais um episódio da franquia, além do que, esses filmes conseguem ir bem nas bilheterias e até com a crítica!”. E foi assim que Gylenhall foi de sua indicação ao Oscar para mais um dos fracassos vindos dos games (fenômeno esse ainda sem explicação, diga-se de passagem). Mais uma vez, o potencial estava ali, e sem motivo aparente acabou desperdiçado. Quem sabe na próxima.



04 O Lobisomem – Que trailer legal havia criado Joe Johnston. E que filme sem graça ele conseguiu concluir. Eu até entendo que ele acabou perdendo completamente o controle criativo durante a produção, mas isso também é culpa dele. Um dos mais aguardados blockbusters, que serviu apenas pra preocupar os fãs de quadrinhos quanto ao filme seguinte de Johnston: “Capitão América”. Ao menos ele foi sincero, e admitiu o que eu costumeiramente reitero aqui no blog ser motivo de grande parte do lixo vindo de Hollywood.
“Aceitei trabalhar no filme porque estava mal de dinheiro”, disse ele.
Ou seja, fazendo porcaria pra pagar o aluguel.



03 Skyline: A Invasão - Recortar as cenas de ação do filme e salvá-las em sequência, nesse caso não tiraria a coerência do produto destruindo-o enquanto obra fílmica. Muito pelo contrário. Esse tipo de atitude, nesse caso poderia torná-lo muito melhor. Pra quem ainda não assistiu, “Skyline” pode ser resumido assim: um episódio de alguma novela das 7, ou qualquer outra, em que de vez em quando aparecem uns monstros e naves espaciais. Parece péssimo? E essa descrição ainda assim consegue ser muito melhor do que o filme dos Irmãos Strause.



02 Jonah Hex – Muito responsável pelo atraso dessa lista, o último assistido foi direto pro pódio. Nem faroeste, nem sobrenatural, nem coisa nenhuma. É até difícil avaliá-lo, porque seria necessário criar novos níveis de ruindade pra avaliação no blog. Porém, é preferível fazer qualquer coisa que não seja perder tempo com um longa-metragem que não apenas pertence aos piores de 2010, mas também às piores adaptações de quadrinhos de todos os tempos.
Quem diria? Josh Brolin, John Malkovich, e Megan Fox? Drama, frequentadores assíduos do Oscar, tiroteios, e a presença feminina que polemizou e ofuscou os Transformers de Michael Bay? Mérito do diretor Jimmy Hayward conseguir ainda assim um dos maiores vexames da temporada.
Fico feliz que ao menos eu ter assistido permita alertá-los para evitar fazer o mesmo.



01 King Of Fighters: A Batalha Final – Não ouviu falar? Impossível! Afinal se trata da aguardadíssima adaptação do clássico jogo de luta da SNK, franquia das mais poderosas dos games! Sendo assim, passar despercebido por todo mundo, seja em bilheterias ou o que for, só poderia ser sinal de que as coisas não ocorreram conforme o esperado.
Ainda que, provavelmente assistir uns 2 minutos do filme seja o suficiente pra que qualquer um que não precise fazer a crítica dele desista de prosseguir com a sessão.
O longa-metragem “King Of Fighters” é um impactante filme trash tosquíssimo, que consegue ser horrível mesmo se encarado dessa forma, até porque, diferente da maioria das produções trash, é tão ridiculamente lamentável que não serve nem pra achar graça das cenas.
E se os filmes de games já não tinham muito do que se orgulhar, “King Of Fighters” baixa o nível ainda mais, fazendo jus ao título de Pior de 2010.
Congratulações.



Até 2012.


quarta-feira, 20 de julho de 2011

NOTÍCIAS DO FRONT - Trailers: "O Espetacular Homem-Aranha"; e "The Dark Knight Rises"


E a semana ainda precisava de mais esses dois vídeos pra ficar completa.
Com o reboot da franquia Spiderman, e o desfecho da trilogia do Homem-Morcego, encerra-se a trinca que vai disputar a atenção dos espectadores e leitores de HQs de heróis em 2012.

Confiram abaixo, e aguardemos que a qualidade dos filmes esteja à altura desses primeiros trailers.


O Espetacular Homem-Aranha
Estreia: 3 de julho de 2012
Direção: Marc Webb


Expectativa descomunal, apesar de que já exista muita gente já afirmando que não assiste nem após espancamento seguido de audição de CD do Justin Bieber. De qualquer forma, o diretor Marc Webb já havia demonstrado que entende de cinema após o excelente (500) Dias Com Ela (2009), e a impressão deixada pelo trailer é que ele está se esforçando pra tornar a sua visão do universo do aracnídeo bem diferente dos filmes realizados pelo Sam Raimi. Apesar de fã do que Raimi conseguiu com a trilogia original, esse primeiro vídeo do novo longa-metragem me fez acreditar que pode ser um bom filme, até porque, a sequência em primeira pessoa do herói saltando pelos prédios é um indício de que esse pode ser um reinício digno da franquia. Espero não estar enganado.


Batman - The Dark Knight Rises
Estreia: 20 de julho de 2012
Direção: Christopher Nolan

Enfim está pra ser concluída a epopeia engendrada por Chris Nolan para o herói de Gotham City. E a qualidade do roteiro e a atuação presentes no segundo filme, além dos recordes de bilheteria agora resultam em um dos mais esperados episódios finais que se poderia esperar. A respeito da sinopse do novo filme? Não faço questão nenhuma de saber, afinal, quando se trata de roteiro, Nolan sempre reserva surpresas para o espectador, e com certeza vai valer a pena aguardar pra conferí-las quando o filme estrear. Tem de ser no mínimo um baita filme, e que vai quebrar alguns novos recordes nas bilheterias, isso já é novidade velha.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

NOTÍCIAS DO FRONT - Trailer: "Os Vingadores"


Aguardadíssimo lançamento do cinema quadrinhístico, o filme dos Vingadores, principal super-equipe da Marvel Comics, acaba de ter seu primeiro teaser "vazado" na web.
O vídeo de baixíssima qualidade foi filmado após os créditos em uma sessão do filme "Capitão América".
Devido a isso fica bem difícil captar muita informação, mas ainda assim, serve pra ter uma  ideia do que esperar.

Quem quiser conferir, CLIQUE AQUI e confira o vídeo antes que seja tirado do ar que nem a maioria dos links que estavam disponibilizando o vídeo.

 (Notícia conferida no http://virgula.uol.com.br/)


Desse jeito, em breve devemos ter uma prévia em boa qualidade.
E o filme dos heróis tem estreia prevista para 4 de maio de 2012.

Aguardemos.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

KING OF FIGHTERS: A Batalha Final (2010)

Deve haver alguém que consiga reverter a terrível maldição que aflige as adaptações de games para o cinema.
Há quem diga que o problema está em levar muito a sério essas produções, sem reconhecer que só o que importaria em uma adaptação de um videogame para a telona seria o visual e a ação. É claro que essa afirmação é uma tremenda bobagem.
É certamente difícil analisar as causas disso, mas com certeza algo que teria de ser levado em conta são os cada vez mais complexos e inteligentes roteiros presentes nas milionárias e ousadas franquias gamers.
Mesmo os jogos de luta possuem um desenvolvimento de roteiro e personagens que é ignorado quando alguém diz “vamos ganhar dinheiro com isso no cinema”.

Não que seja preciso tamanha riqueza de ideias pra que seja uma adaptação divertida. Bastaria uma produção caprichada e a devida dignidade mantida com relação ao material original.
A franchise The King Of Fighters teve sua trajetória nos games sustentada por uma base de fãs que acompanha a trama que se desenrola muito pela originalidade de seu sistema de jogo, e talvez principalmente pelo carisma de seus lutadores.
Não foi a toa que conseguiu permanecer mesmo em meio à briga com pesos pesados como “Mortal Kombat”, “Street Fighter”, “Tekken”, etc.

Com uma estética própria dos animes, sua transposição para as telas dependia da absorção de suas características praticamente em sua totalidade, afinal, hoje em dia não existe mais a desculpa de que não é possível o público aceitar um visual um pouco mais chamativo em live-action.
Fidelidade é quase uma regra em versões com atores, seja de quadrinhos, desenhos animados ou games.
Mas parece que alguém se esqueceu de avisar isso ao diretor Gordon Chan.

Desde o trailer do movie tudo parecia estar errado, soando uma piada de extremo mau-gosto.
Poucos fã-filmes haviam sido capazes de se afastar tanto do que tentavam representar.
E surpreendentemente, não existia nenhum indício de que aquilo fosse apenas uma versão prévia muito longe do que seria o resultado final. Era isso mesmo. O aguardado filme “The King Of Fighters” trilhava cataclismicamente o caminho rumo à vergonha desde o seu vídeo de divulgação.
E se costumeiramente o trailer possui as melhores cenas, o que poderia estar por vir?

Assistir “The King Of Fighters: A Batalha Final” acaba sendo quase voltar no tempo. Um tipo de nostalgia ruim, da sensação de estar revendo um daqueles filmes idiotas com atores que seriam rejeitados para figurantes em “Os Mercenários”, que povoavam as sessões de filmes de ação da Rede Bandeirantes nos anos 90.
Saído de subgêneros de cinema que nem esses, Gordon Chan nunca foi dos mais destacados cineastas, mesmo.
O que ele arquitetou para os fãs da série da SNK, no entanto, estava muito longe de seus “êxitos”.

Na verdade, ele nem parecia estar se importando com fãs e sim achando que manter o nome dos personagens era o bastante.
O que ele propõe é um filme daqueles mistos de “pretenso policial/luta”, em que há alguém tentando roubar algo, dominar qualquer coisa, e existe algum agente tentando levá-lo à justiça, enquanto aprontam muitas confusões em combates em espaços escuros com cara de set de filmagem reaproveitado de outro filme igual gravado ali.
O vilão interpretado imbecilmente por Ray Park não colabora pra melhorar as coisas, se bem que o grande desafio é reconhecê-lo no papel que imagina-se estar representando. Ele e todo o resto do elenco (Maggie Q, Sean Faris, Will Yun Lee, ...) participam da farsa orquestrada pelo diretor, que insiste em afirmar que aquela trupe de cosplayers deploráveis poderiam ser os protagonistas do game “The King Of Fighters”.
As caracterizações fiasquentas conseguem chegar a um resultado absurda e infinitamente pior do que em Dragonball Evolution, enquanto as sequências de pancadaria são simplesmente as piores que qualquer coreógrafo conseguiria criar.

Mas tudo com cara de resultado de mera ignorância e incapacidade.
Mostraram algumas cenas dos jogos para o diretor, algumas fotos, e ele decidiu que deveria “melhorar” tudo aquilo.
O que o roteiro tem de tedioso poderia ser compensado pela ação, e óbvio, pelos personagens.
Porém, não há quem pudesse considerar agradável acompanhar os grandes heróis do filme que, quando de algum modo possuem alguma rasteira semelhança com suas versões nos games é simplesmente pra surpreender pela escolha inacreditavelmente hedionda de ator que o interpretaria (Terry Bogard que o diga).
Na verdade, toda a “grandiosidade” da trama poderia ser resumida a: “Apareceu um cara dizendo ser o grande vilão do game The King Of Fighters, mas ele não se parece em nada com quem diz ser, então todos vão tentar bater nele”.
Parece uma sinopse ridícula demais? E olha que eu sendo fã de filmes de ação fui até generoso e posso ter melhorado o roteiro.


A única coisa que torna tudo menos insuportável é a sugestão inserida no título do filme em português.
A possibilidade de que essa possa ao menos ser “A Batalha Final” é algo que os produtores deveriam cogitar, porque se quase ninguém se deu ao trabalho de assistir esse primeiro desastre cinematográfico, pra que insistir no erro?


Quanto vale: Nada.

King Of Fighters: A Batalha Final
(King Of Fighters)
Direção: Gordon Chan
Duração: 93 minutos
Ano de produção: 2010
Gênero: Luta / Ação
 

terça-feira, 5 de julho de 2011

GERAÇÃO X (1996)




Muita gente não lembra, ou nem mesmo conhece essa fase do cinema de HQs.
Na verdade, nesses tempos longínquos de 1900 e tanto nem estava perto de ser estabelecido esse subgênero cinematográfico inspirado nas histórias em quadrinhos.
Havia apenas tentativas, algumas bem-sucedidas (Dick Tracy; Superman: O Filme; Conan, O Bárbaro; Batman: O Filme,...), e outras nem um pouco.
Mas a lista de aguardados filmes de quadrinhos era extensa.
E os famosos X-Men estavam nela.

Porém, faltava muito para que Bryan Synger encontra-se a fórmula pra tornar isso real em X-Men: O Filme (2000).
Antes disso, no entanto, surgiu a ideia de um piloto para um seriado com o universo mutante, ainda que não houvesse recursos financeiros ou talento disponível para isso.
Os personagens escolhidos eram do terceiro ou quarto escalão, e parecem ter sido selecionados pra facilitar trucagens e outras soluções econômicas pra baratear a produção.
Foram convocados então Mondo (Bumper Robinson), Jubileu (Heather McComb), Buff (Suzanne Davis), Skin (Agustin Rodriguez), Monet (Amarilis), e Refrax (Randall Slavin).
Ninguém que qualquer fã quisesse ver, ou por quem desse a mínima importância.
Ainda assim, haveria um lugar reservado na agenda do público mesmo assim, para descobrir se esse início seria promissor pra quem sabe um dia ver na própria série algum dos emblemáticos integrantes do primeiro escalão dos alunos do Professor Charles Xavier.

Claro que, bastou ver qualquer imagem ou propaganda pra que isso tenha ido por água abaixo. Não que qualquer prévia pudesse refletir o resultado real.
Lembro de ter assistido em uma Sessão da Tarde com toda a expectativa de um leitor de quadrinhos muito desinformado devido à ausência do Google a um clique de distância.
A preparação para a sessão permitiu conferir, assim, toda a magnitude do trabalho do diretor Jack Sholder, que imprudentemente assumiu a responsabilidade de liderar a revolução dos requadros para as telas.
Era uma época completamente diferente, em que os erros e acertos ainda não haviam sido cometidos, e uns poucos exemplares não chegavam a apresentar um modelo a ser posto em prática, até porque, quando fracassavam os filmes de HQs simplesmente desapareciam, diferente de hoje, em que raramente passam despercebidos, não importa o quão ruins sejam. Muitas dessas tentativas nem mesmo eram lançadas, dando origem a lendas que muita gente não viu até hoje.

A Geração X de Jack Sholder poderia ter sido um desses, mas pelo menos aqui no Brasil, a Rede Globo teve a pioneira iniciativa de compartilhar com os espectadores um patamar nunca mais alcançada pelos filmes dos mutantes da Marvel Comics.
Interessante o modo com que os personagens vão sendo mostrados e a história vai sendo contada. O efeito que causa é constantemente o mesmo até o seu desfecho, pois o público mantém sempre o pensamento: “isso tá horrível, mas pelo menos não tem como piorar”.
Sempre piora.

Sejam pelas caracterizações dignas de um baile de carnaval organizado pelo Tiririca, ou os diálogos capazes de rivalizar com a Zorra Total, é difícil definir o que conseguiu atingir um grau maior de ofensa quanto a nona ou a sétima arte.
Os heróis ficam quase o filme todo treinando pra enfrentar coisa nenhuma, enquanto têm seus relacionamentos não desenvolvidos, dando tempo e chance pra que a plateia mude o canal.
O elenco parece ter sido escolhido após a seguinte pergunta: “Qual de vocês não quer ser ator e aceita trabalhar por uma refeição diária?”.

Quem não assistiu talvez considere algum exagero no que eu digo, porém qualquer um que teve o privilégio de vislumbrar uns cinco minutos que sejam desse hediondo desastre há de concordar que é absolutamente impossível encontrar sequer uma qualidade durante toda a metragem, e que provavelmente todos os envolvidos nunca haviam participado de um filme de verdade, que alguém tenha se prestado a recomendar pra outra pessoa ou algo do tipo.
Geração X, pra ser sincero, é daqueles longa-metragens que complicam a vida de qualquer um que se dispõe a fazer uma crítica de cinema, afinal, começar por onde? Qual aspecto analisar? 

Eu poderia simplesmente resumir tudo em “vômito em celulóide”, ou parafraseando o genial filme de Woody Allen,Dirigindo no Escuro” (2002): “Existe algum modo de melhorá-lo? Queime-o”.
Porém, faço questão de listar alguns dos motivos pelos quais Geração X entrou para a história do cinema: os personagens, todos ridículos, interpretados de modo que não chegariam aos pés dos piores que já passaram pelo elenco de Malhação; o vilão, interpretado por Matt Frewer que deve ter ouvido de alguém que fazer caretas era algo realmente ameaçador; a representação dos poderes dos mutantes, que eu estariam elogiando se chamasse  de “defeitos especiais”; e isso sem mencionar a trama, envolvendo uma tal máquina dos sonhos, que de tão sem propósito não é digna nem de xingamento.


O pior é que a única característica aceitável (mais ou menos) nesse tipo de sub-produção é a possibilidade de rir de qualquer aspecto desprovido de qualidade que surja ao longo da exibição.
Em Geração X, o diretor Jack Sholder decidiu privar o espectador até mesmo disso.
Foi uma estratégia ousada desse merecidamente desconhecido cineasta.
Graças a isso, o seu trabalho no longa-metragem até hoje é evitado até mesmo em conversas entre amigos, por não possuir nem graça, nem diversão, nem porcaria nenhuma.
Alguém pode pensar que essa crítica pode estar sendo influenciada pelo fato de eu recentemente ter assistido o extraordinário “X-Men: First Class”, no entanto, mantenho cada palavra desse texto, afinal, basta lembrar de qualquer cena do escracho mutante de 1996 para valorizar mais até mesmo “X-Men Origens: Wolverine”.
Sendo assim, assistam por sua conta e risco.


Quanto vale:


Geração X
(Generation X)
Direção: Jack Sholder
Duração: 87 minutos
Ano de produção: 1996
Gênero: ?