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terça-feira, 26 de julho de 2011

TOP 10 - Filmes de 2010 que não valeram o ingresso


Nessas horas que eu percebo estar assistindo filmes demais.
Quando noto que consegui até mesmo ver alguns dos mais aguardados fracassos cinematográficos da última temporada.
No fim das contas, o blog torna necessário ter uma visão ampla de tudo o que parece bom e do que parece ser parte da fiasqueira rotineira vinda de Hollywood.
Além do que, às vezes é legal conferir algo destinado a entretenimento rasteiro e nada demais. Os selecionados dessa vez então foram os que não conseguiram ser capazes de nem ao menos ser divertidos.
E com isso tive que fazer uma exceção e aumentar a lista, originalmente um Top 5 em 2009 e 2010 para um Top 10 em 2011.
O resultado? Ao menos tenho a lista para a sessão tão aguardada aqui no blog.
E a Framboesa de Ouro deveria ir para...



10 Alice no País das Maravilhas – O que teria acontecido com Tim Burton? De diretor reverenciado capaz de tornar qualquer filme seu um Cult, ele decide se render à máquina de Hollywood e realiza um mero caçador de dólares nas bilheterias, cuja única grande qualidade é o que todo diretor mequetrefe consegue se tiver um estúdio disposto a investir dinheiro em efeitos especiais. Visual bonito e só. A maior bilheteria de sua carreira? É fácil: é só somar o público que iria ao cinema de qualquer jeito pra ver o novo de Tim Burton (muitos propensos a gostarem do filme simplesmente por isso), aos tantos que consideravam os filmes dele pesados e inteligentes demais e apenas deram uma chance a esse pois parecia família e simples em excesso (o que ele realmente é). O que era pra ser o seu grande triunfo acabou sendo um exemplar da filmografia do cara que apesar de possui alguma ou outra qualidade, se espera não seja a nova característica do diretor em seus futuros trabalhos.



09 Mercenários - Até entende-se que Stalone queria uma homenagem aos filmes que fizeram o sucesso do elenco desse seu projeto, e que ele optou pela estupidez encarando-a como recurso que teria na ação desenfreada uma linguagem e estética alicerçadas principalmente no saudosismo que despertaria no público. É uma forma válida de juntar dinheiro pra pagar as contas, afinal. Ainda assim, ser roteirista e diretor implica em fazer seu trabalho com o mínimo de interesse. Parece que pra ele foi o bastante o fato de ter reunido o elenco, e não importa de que jeito fosse filmado a plateia iria gostar. E cada vez mais parece que o bom filme Rocky Balboa (2006) foi apenas um positivo acidente de percurso.



08 O Aprendiz de Feiticeiro – É um daqueles filmecos sem cabimento, providenciado por estúdio sem mais o que fazer a não ser queimar dinheiro com sonhos de grandeza de criar a nova franquia Harry Potter, Crepúsculo, ou o que seja, e que se escora na desculpa: "é filme pra família, então qualquer babaquice funciona pro público". De quebra, ainda colabora pra difamar ainda mais a carreira de Nicolas Cage, que parece não ter mais paciência pra analisar os roteiros que recebe, aceitando qualquer um só pra não admitir que ficou com preguiça de ler.



07 Percy Jackson, e o Ladrão de Raios – Muito potencial, pouco resultado. E o mesmo equívoco cometido em “O Aprendiz de Feiticeiro” se repete. Poderia até ser um empate técnico, mas os efeitos especiais em “O Aprendiz de Feiticeiro” são melhores. Nada demais, da mesma maneira que toda a metragem de “Percy Jackson”. Uma historinha qualquer planejada por alguém que se achou esperto demais, e disse: “basta analisar as tendências do mercado cinematográfico, reunindo um pouco de mitologia, efeitos especiais, astros adolescentes, participação de atores renomados, etc”.  Mas a bilheteria e as críticas comprovaram que cinema não é nenhuma ciência exata e que o diretor Chris Columbus já teve momentos bem melhores na carreira de diretor.


06 Resident Evil: O Recomeço – Com absoluta sinceridade, ninguém imaginou que pudesse ser sequer mais ou menos. Mas minha tolerância a filmes ruins beira o absurdo, e então conferi até mesmo com esperança de que esse filme talvez virasse o jogo para a franquia. Que os efeitos são muito bem feitos é evidente. Não que isso salve “Resident Evil: O Recomeço” ou a maioria dos presentes nessa lista. Quem pudera invés de “O Recomeço” fosse “O Fim”, pra retornar com outro elenco e outra proposta cinematográfica, o que parece cada vez mais distante.           


05 Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo – Alguém enganou Jake Gylenhall: “É isso mesmo, cara! É sucesso garantido e tu vai ser que nem o Johnnie Depp de pirata, daí sempre que o dinheiro estiver acabando tu vai lá e faz mais um episódio da franquia, além do que, esses filmes conseguem ir bem nas bilheterias e até com a crítica!”. E foi assim que Gylenhall foi de sua indicação ao Oscar para mais um dos fracassos vindos dos games (fenômeno esse ainda sem explicação, diga-se de passagem). Mais uma vez, o potencial estava ali, e sem motivo aparente acabou desperdiçado. Quem sabe na próxima.



04 O Lobisomem – Que trailer legal havia criado Joe Johnston. E que filme sem graça ele conseguiu concluir. Eu até entendo que ele acabou perdendo completamente o controle criativo durante a produção, mas isso também é culpa dele. Um dos mais aguardados blockbusters, que serviu apenas pra preocupar os fãs de quadrinhos quanto ao filme seguinte de Johnston: “Capitão América”. Ao menos ele foi sincero, e admitiu o que eu costumeiramente reitero aqui no blog ser motivo de grande parte do lixo vindo de Hollywood.
“Aceitei trabalhar no filme porque estava mal de dinheiro”, disse ele.
Ou seja, fazendo porcaria pra pagar o aluguel.



03 Skyline: A Invasão - Recortar as cenas de ação do filme e salvá-las em sequência, nesse caso não tiraria a coerência do produto destruindo-o enquanto obra fílmica. Muito pelo contrário. Esse tipo de atitude, nesse caso poderia torná-lo muito melhor. Pra quem ainda não assistiu, “Skyline” pode ser resumido assim: um episódio de alguma novela das 7, ou qualquer outra, em que de vez em quando aparecem uns monstros e naves espaciais. Parece péssimo? E essa descrição ainda assim consegue ser muito melhor do que o filme dos Irmãos Strause.



02 Jonah Hex – Muito responsável pelo atraso dessa lista, o último assistido foi direto pro pódio. Nem faroeste, nem sobrenatural, nem coisa nenhuma. É até difícil avaliá-lo, porque seria necessário criar novos níveis de ruindade pra avaliação no blog. Porém, é preferível fazer qualquer coisa que não seja perder tempo com um longa-metragem que não apenas pertence aos piores de 2010, mas também às piores adaptações de quadrinhos de todos os tempos.
Quem diria? Josh Brolin, John Malkovich, e Megan Fox? Drama, frequentadores assíduos do Oscar, tiroteios, e a presença feminina que polemizou e ofuscou os Transformers de Michael Bay? Mérito do diretor Jimmy Hayward conseguir ainda assim um dos maiores vexames da temporada.
Fico feliz que ao menos eu ter assistido permita alertá-los para evitar fazer o mesmo.



01 King Of Fighters: A Batalha Final – Não ouviu falar? Impossível! Afinal se trata da aguardadíssima adaptação do clássico jogo de luta da SNK, franquia das mais poderosas dos games! Sendo assim, passar despercebido por todo mundo, seja em bilheterias ou o que for, só poderia ser sinal de que as coisas não ocorreram conforme o esperado.
Ainda que, provavelmente assistir uns 2 minutos do filme seja o suficiente pra que qualquer um que não precise fazer a crítica dele desista de prosseguir com a sessão.
O longa-metragem “King Of Fighters” é um impactante filme trash tosquíssimo, que consegue ser horrível mesmo se encarado dessa forma, até porque, diferente da maioria das produções trash, é tão ridiculamente lamentável que não serve nem pra achar graça das cenas.
E se os filmes de games já não tinham muito do que se orgulhar, “King Of Fighters” baixa o nível ainda mais, fazendo jus ao título de Pior de 2010.
Congratulações.



Até 2012.


4 comentários:

Anônimo disse...

Aquele "Mundo Imaginário do Dr. Parnasus", do Terry Gillian, apesar de passar despercebido pelo grande público, conseguiu ser mais "Alice" que o próprio Alice do Tim Burton.

Marcel Ibaldo disse...

Imaginei que seria.
Ainda não assisti, mas sendo um filme do Terry Gillian sempre vale a pena mesmo que passe despercebido nas bilheterias.
Geralmente são filmes diferenciados e repletos de boas ideias.

Marcel Ibaldo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marcel Jacques disse...

Me espanta mesmo o Jonah Hex estar nesta lista.

Tudo bem ter ido mal de bilheteria, mas uma adaptação de quadrinhos com um elenco destes só pode ir mal por culpa de uma produção cretina e irresponsável.

Conheço o personagem. Coloquem-no nas mãos de um Zack Snyder...