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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

KEEP DRAWING - The Ibaldo Rockers


Evento costumeiro lá em casa.
Basta mandar no volume máximo um Foo Fighters, Thieves & Liars, Maylene and The Sons Of Disaster, Oficina G3, ou Third Day.
3 minutos de rock'n roll pra desligar a rotina.

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terça-feira, 23 de agosto de 2011

KEEP DRAWING - Amélie

Esses tempos surgiu a oportunidade de participar de um projeto muito interessante, idealizado pela acadêmica de Artes Visuais da UFSM, Camila Mesquita.

O desafio proposto foi o de criar uma interação em qualquer mídia, tendo participação de uma das esculturas da artista, podendo ser em fotografia, vídeo, ou o que mais viesse à mente.
Eu escolhi "o que mais viesse à mente", e optei pelo desenvolvimento de uma HQ protagonizada pela escultura que me foi cedida para o trabalho.
O processo de desenvolvimento foi bem legal e bastante simples, e eu consegui concluir o trabalho milagrosamente em um dia.

O resultado, publicado no blog do projeto no dia 15/07/11, está abaixo, mas quem quiser conferir mais do itinerário das esculturas pode acompanhar no blog http://esculturasitinerantes.blogspot.com/.
Gracias pela oportunidade.

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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

CAPITÃO AMÉRICA: O Primeiro Vingador (2011)



Quem imaginaria que chegaria esse momento?
Em que praticamente todos os grandes super-heróis já teriam ido para as telas, até mesmo o Watchmen de Alan Moore, e que estivéssemos às vésperas de um filme dos “Vingadores”?
E isso com muita competência, não tosquices que nem “Geração X” (1996), ou Liga da Justiça” (1997).

Na briga entre as duas maiores editoras de HQs norte-americanas, a Marvel Comics foi a que melhor aprendeu as lições que as seguidas tentativas trouxeram, por meio de fracassos e sucessos, ou de crítica, ou de bilheteria, ou de ambos.
A editora do ícone pop Stan Lee viu a oportunidade e levou grande parte de seu panteão para o live-action, chegando a criar seu próprio estúdio para garantir a integridade e qualidade no que viria a ser produzido, mas já avançando para outro nível, além do interesse em criar uma franquia do herói fulano ou beltrano.
Agora a intenção era outra: um universo Marvel no cinema, interligado e complexo, semelhante ao que já existe nos comics.

O próximo da lista, e peça final no quebra-cabeças que os roteiristas vêm engendrando para o aguardadíssimo filme “Os Vingadores” em 2012 é um dos mais importantes combatentes do crime mascarados da editora: o Capitão América.
Sendo assim, do mesmo modo que “Homem de Ferro 2” (2010), e “Thor” (2011), o longa-metragem do chamado Sentinela da Liberdade teria a exigência de estabelecer sua mitologia agora nos cinemas, angariando assim público para o vindouro filme da equipe, e ao mesmo tempo destruindo qualquer resquício de desconfiança quanto ao cinema de HQs, afinal, a mais megalomaníaca dessas produções está por vir.
Muita responsabilidade, e ela estaria nas mãos de um herói que oscilava sua popularidade principalmente por ser símbolo de uma postura estadunidense associada a contextos de guerra, tendo se tornado uma espécie de Tio Sam durante a Segunda Guerra Mundial.
Para encarar o desafio, um diretor que já conhecia bem o terreno.

Joe Johnston já havia trazido às telas com êxito um personagem de quadrinhos, resultando em um dos referenciais do cinema quadrinhístico pré-retomada, e seu Rocketeer continha ainda vários dos elementos que estariam certamente presentes em “First Avenger”.
Mesmo que na memória recente do público ainda pudesse estar o seu trabalho equivocado e sua incapacidade de manter as rédeas durante o andamento do filme “O Lobisomem” (2010), seguidas declarações ressaltavam que esse acidente de percurso não havia sido cometido sem que seus motivos fossem devidamente avaliados. Talvez Johnston estivesse ciente disso a tal ponto que conseguisse aproximar-se ao menos da competência atingida em Rocketeer.
Similar ao que ocorreu no filme do famoso monstro da Universal, os trailers de “Capitão América” eram impressionantemente elaborados, e novamente a expectativa era de um bom filme, mas a experiência lembrava que era melhor manter cautela.

Em se tratando desse herói da Marvel Comics em particular, suas maiores dificuldades nessa migração para o cinema estavam nas próprias bases do seu próprio surgimento, sendo de imediato transformado em um estandarte do patriotismo norte-americano.
Porém, com o passar do tempo, a figura do personagem foi sendo submetida à necessidade de se adaptar às mudanças históricas e aos interesses de uma nova geração de leitores.
Mas e no cinema?
As adaptações de HQ para as telas vêm optando pelo realismo, ou busca de, e seria arriscado investir em um discurso panfletário, algo que poderia limitar seu público e consequentemente, sua bilheteria.
No entanto, “Capitão América: O Primeiro Vingador” foi desde o primeiro esboço pensado para ser um certeiro blockbuster. Era assim que tinha que ser, especialmente em se tratando desse último degrau antes do filme que o estúdio espera venha a esfacelar de uma vez por todas os limites entre o universo das páginas e a sua releitura nos cinemas.
Em busca desse blockbuster ideal, capaz de equilibrar humor, ação, romance, e ainda assim conseguir sair ileso às investidas da crítica especializada, Joe Johnston poderia realmente ser a escolha mais acertada, afinal, ele já havia realizado isso anteriormente, e era o estilo dele contornar limitações de roteiro com doses de criatividade.

E logo de início, é surpreendente ver a transformação de Chris Evans no personagem Steve Rogers, ainda em sua figura fisicamente fraca e impossível de associar com o lendário super-herói, ao mesmo tempo em que o limite entre o efeito especial e a realidade é imperceptível.
O jovem idealista quer de qualquer maneira fazer parte da luta que ocorre na Europa, mas a sua já mencionada condição física é fator proibitivo.
Nada que um tal soro do supersoldado não possa reverter.
Todo o andamento até o surgimento do herói propriamente dito é um pouco mais arrastado, principalmente por ser parte da dificuldade presente nos temidos filmes de origem. Não há grandes surpresas quanto ao que já se espera, porém, apesar disso, há pequenos detalhes que tornam o desenrolar mais interessante nessa etapa.
Sejam a presença do sidekick Bucky Barnes (Sebastian Stan), do magnata Howard Stark (Dominic Cooper), do aliado Dum Dum Dugan (Neal McDonough), ou a rápida aparição do Tocha Humana original, há sempre o intuito em transpor esses primeiros minutos mantendo lado a lado a fidelidade aos quadrinhos com o que o público-médio aguarda.

Enquanto isso, um obstáculo a ser superado é referente ao ator Chris Evans, geralmente associado a personagens mais humorados, e recentemente intérprete de outro herói da Marvel nos filmes do Quarteto Fantástico. Johnston investe boa parte de sua dedicação a desconstruir o que se conhece do ator, buscando uma atuação mais séria, algo que ele evidenciou ser capaz de fazer em Sunshine – Alerta Solar (2007), mas que não é recorrente em sua carreira.
Aliado a um elenco estelar, o cineasta possui o suporte para que Evans possa aos poucos fazer-nos esquecer de seus papéis em pastelões e mesmo a sua participação na equipe liderada por Reed Richards.
Enquanto isso, o seu arqui-inimigo tem a responsabilidade de ser a encarnação de um mal equivalente a Adolf Hitler, em um roteiro no qual o líder nazista é apenas mencionado. Para Hugo Weaving retornar ao set sob a direção de Johnston, deve representar que o ator percebeu qualidades no trabalho dele que não devem ter ido para a versão final de “O Lobisomem”.
 
O Caveira Vermelha que ele interpreta é um vilão clássico, fiel a suas ideologias e que não pestaneja em simplesmente ordenar a morte de seus inimigos, distante de motivações que não sejam as tradicionais aspirações de dominação mundial com o auxílio da temida organização Hidra, e estranhamente, essa abordagem simplista funciona a contento.
O maniqueísmo da trama lembra facilmente o enredo de Rocketeer, e permite reflexões quanto ao momento histórico no qual se passa a história, e o presente contexto no qual o mundo se encontra.
Interessante perceber que o que faz herói e vilão são a crença absoluta no que seus ideais representam, isso visto por uma plateia que contempla guerra após guerra passível de questionamento quanto às razões pelas quais começaram. Pela ótica do filme, e principalmente de Steve Rogers, tudo é azul ou vermelho, bem ou mal, e tudo o que o governo americano busca é libertar o mundo da tirania.

Ainda que um filme que nem esse exista muito mais para o entretenimento e enriquecimento dos envolvidos, é claro que é impossível não mexer na ferida, e Johnston insiste na imagem do Tio Sam, com a frase “I Want You” lembrando-nos que Rogers foi apenas mais um dos jovens americanos que acreditou cegamente na busca da paz por meio da solução mais fácil pra quem fica atrás de uma mesa enquanto soldados encontram o auge de suas vidas sacrificando-se para virar números nos livros de História.
Muito por isso que o roteiro esforça-se para permanecer na superfície da questão, na maioria das vezes evitando posicionar-se, o que seria perigoso, financeiramente falando, em épocas de criticada investida ao Iraque.
Considerando isso tudo, fica ainda mais condizente a importância à função do Capitão América em prol da propaganda em tempos de guerra, e essa passagem ainda é espertamente utilizado pelo diretor para justificar a atualização do uniforme do herói.

Porém, apesar dos quesitos potencialmente polêmicos, “Capitão América: O Primeiro Vingador” é, enquanto obra fílmica, estruturado de maneira bastante convencional. Estão lá o interesse romântico representado pela Sargento Peggy Carter (Hayley Atwell), bem utilizado, o mentor, função dividida entre o Dr. Abraham Erskine (Stanley Tucci, que é ainda responsável pela frase que define o herói), e o Coronel Chester Phillips (Tommy Lee Jones).
Somado a isso, existe ainda o alívio cômico, não tão eficaz, mas que não chega a prejudicar tanto pelo fato de que o estilo de ação do diretor prima pela competência. Tudo o que a plateia esperaria de um baita Sessão da Tarde, com um exagero de pirotecnia bem orquestrada, e que mantém o ritmo do longa-metragem em desenfreada corrida rumo a um desfecho que vai tornar a contagem regressiva para o épico filme “Os Vingadores” um período interminável.


 Longe de tentar reinventar a roda ou buscar uma arriscada ousadia no nível do que foi visto no “X-Men First Class” (2011) de Mathew Vaughn, Joe Johnston concentrou-se em trazer o resultado esperado, e dessa vez com maior tempo de produção ele conseguiu inserir mais de seu estilo para trazer às telas um Capitão América enfim convincente e pronto para iniciar uma sólida franquia após sua participação no filme mais importante da história da Marvel Comics em todos os tempos, a ser lançado ano que vem.
Essa era a peça que faltava para o que o Marvel Studios há tempos vem planejando, e quem assistir (e ficar até o fim dos créditos finais), vai enfim perceber que agora só resta aguardar.
Então aguardemos.


Quanto vale: Um ingresso.

Capitão América: O Primeiro Vingador
(Captain América: The First Avenger)
Direção: Joe Johnston
Duração: 124 minutos
Ano de produção: 2011
Gênero: Ação / Aventura

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

ROCKETEER (1991)


Não tinha jeito.
Tentativas repetiam erros comuns, e a baixa qualidade dos filmes de HQs permanecia um tabu a ser quebrado.
Restava apenas a esperança de que alguma das poucas exceções pudesse estar novamente a ponto de surgir.
Nesses tempos conturbados, cinequadrinhisticamente falando, as escolhas com maior potencial para uma aceitação pelas platéias eram obviamente as que parecessem menos espalhafatosas, e assim menos sujeitas à generalização no que frequentemente era chamado “filme de revistinhas”.
Sendo assim, optar pela obra de Dave Stevens parecia interessante, afinal, era uma espécie de meio termo entre o universo real e a pirotecnia super-heroística.
Ainda assim, essa época não era de certezas.

Ao diretor Joe Johnston, a missão de criar um clássico do cinema de HQs, ou seja, simplesmente realizar um filme adequado, o que já seria o suficiente para torná-lo clássico.
A própria premissa ajudava muito.
“Jovem piloto que acidentalmente encontra um equipamento que permite ao seu possuidor voar.”
As possibilidades ilimitadas hoje em dia estariam sujeitas a meramente sequências vertiginosas em 3D, com clichês do início ao fim, e algum ator sujeito a comparações com Justin Bieber.
No longínquo 1991 essas tendências ainda eram inexistentes, e os efeitos especiais não eram ainda sinônimo de possível salvação nas bilheterias, por isso, ao roteiro era adicionada uma dose maior de responsabilidade, do mesmo modo que a capacidade do diretor em ter ideias e estratégias para convencer o público que, o fato de ser oriundo dos quadrinhos era um “defeito” menor que não ofenderia o gosto apurado de quem evitava as HQs por serem estritamente historinhas para criancinhas.

Complicado? Certamente.
Mas Joe Johnston é um cara esperto.
Pode ser difícil imaginar isso pra quem tem na lembrança um de seus recentes trabalhos, o fiasquento “O Lobisomem” (2010).
Ainda assim, mesmo nesse fracasso monumental pode-se perceber algumas qualidades do trabalho do cineasta, mesmo que diluídas em uma avalanche de incompetência que assolou o filme do monstro da Universal.
Enfim, em Rocketeer ele sabia o que fazer, e estava realmente ciente do que teria que fazer.
A receita utilizada por ele empregava os efeitos especiais e o clima de Sessão da Tarde com inteligência, de modo a evitar errar por excessos ou limitar o público potencial aos aficcionados por HQs, o que teria sido um desperdício.

Afinal, era por demais interessante para ficar relegado a uma parcela dos espectadores.
Não era apenas o retrô. Era mais do que isso, uma espécie de fusão rica em alternativas e possibilidades: o retrô futurista.
A tal mochila com foguete era um olhar acerca de possibilidades além do que o contexto em que se passa a história poderia sonhar.
Não à toa que assisti-lo é a preparação ideal para conferir o último trabalho do diretor: “Capitão América: O Primeiro Vingador” (2011).
Substitua o jato propulsor pelo soro do supersoldado, e o resto poderia funcionar perfeitamente exatamente do jeito que está nessa produção.

O piloto Cliff Secord (Billy Campbell), apesar de possuir bem mais desenvoltura do que o idealista tímido Steve Rogers, possui o mesmo instinto heróico singular, e não é um herói por algum drama ou tragédia que tenha marcado sua vida. Ele salva as pessoas ao seu redor simplesmente por que é natural para ele que isso seja feito.
Vítima do acaso, ele terá a responsabilidade de fazer bom uso da revolucionária tecnologia, enquanto salva a mocinha e impede que a ameaça nazista consiga pôr seus planos em prática, bem ao estilo Capitão América.

Admito que depois de ter assistido “O Lobisomem” (2010) minhas esperanças quanto ao filme do herói da Marvel Comics fantasiado de bandeira norte-americana deixaram de existir, porém, bastou reassistir Rocketeer para perceber que Johnston teria apenas que repetir o que ele já havia realizado para que o resultado fosse algo positivo.
E apesar de o roteiro ser bem amarrado, o entretenimento ser favorecido pelo ritmo dinâmico, e as sequências de ação serem bem filmadas, é a aura quase juvenil que torna a sessão verdadeiramente empolgante.

Despretensiosamente, o filme passa pelos clichês sem grandes problemas, e a presença dessas obviedades no enredo não chega a prejudicá-lo a ponto de ficar inassistível. O efeito da previsibilidade é amenizado exatamente pela capacidade do diretor em deixar claro que estamos vendo um longa-metragem destinado à pura diversão, de maneira que sempre que surjam novos elementos no andamento da trama isto seja ainda mais eficaz.
Somar isso ao elenco afiado que ainda contava com o vilão interpretado pelo ex-007 Timothy Dalton, o Howard Hughes na atuação de Terry O'Quinn (do seriado Lost), e pela sempre merecedora de elogios Jennifer Connely, é chegar a um exemplar de atípico apelo pop sem deixar sua integridade de lado em prol disso.


 Não sem motivo, Rocketeer é um daqueles memoráveis filmes que poderiam ser vistos inúmeras vezes quando passavam na televisão, mantendo a fidelidade ao material de que se originou em harmonia com o significado da palavra “adaptação”.
E também não é por acaso que influenciou autores da importância do criador dos cults “Akira” (1988) e Memories (1995), Katsuhiro Otomo, que fez sua própria versão da história do jovem com a mochila-foguete em “Steamboy” (2004).
Na lista dos meus filmes de HQs favoritos, o filme de Johnston é ainda lembrado por seu papel na lenta revolução que deu origem à atual obsessão de Hollywood por buscar enredos nas páginas das revistas em quadrinhos.
E assim, assistir seu mais recente trabalho foi mais do que constatar o quanto as coisas mudaram desde que Cliff Secord desprezou a lei da gravidade pela primeira vez sem a ajuda de um avião, ou acompanhar a evolução da Marvel nos cinemas.
Afinal, para Joe Johnston era hora de voltar às origens, e o cinema de HQs precisava disso.


Quanto vale: meio ingresso com absoluto louvor.

Rocketeer
(The Rocketeer)
Direção: Joe Johnston
Duração: 108 minutos
Ano de produção: 1991
Gênero: Aventura / Ação


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

KEEP DRAWING - Johnny Cash


Aos poucos vou enchendo o blog com mais desenhos, HQs, charges, e assemelhados.
Muito do que eu tenho acumulado pra isso são esboços simples, que nem esse, feito despretensiosamente com caneta esferográfica sem esboço e sem grandes esperanças de acertar, retratando o gênio da música country Johnny Cash.


Em breve mais ilustras, reviews de cinema e notícias.
Aguardemos.